Aqui divulgo mensagens e pensamentos com os quais tenho afinidade e alguns textos por mim produzidos.
26 December 2005
Pensamento 13
exige competência também,
mas é muito gratificante e recompensador.
24 December 2005
Pensamento 12
Das peças de teatro, destacaria "Não sou hipocronaríaca, mas sinto um permanente frio brasileiro". No primeiro ato a atriz-solo treme inteirinha, sentada numa cadeira, não diz nada. No segundo, deitada coberta com edredon, grita sua declaração de amor ao país, quase sem respirar. No terceiro, nua, aquece-se frente a uma lareira, cantando hinos oficiais e, de quando em quando, solta amplas risadas. É brincadeira minha, inventei isso tudo, agora durante a entrevista. É uma demonstração de como é fácil e duvidoso se criar mitos. Por isto não posso destacar nenhuma peça de teatro como "a indispensável".
Penso que o texto dramático clássico que deveria ser encenado constantemente é o texto do Paulo Freire "Pedagogia da Autonomia", para a nossa diariamente assaltada, seqüestrada, violentada cidadania. Considero este texto dramático, de uma contundência e poesia absurdamente transformadora. Um elogio à vida vibrante totalmente possível neste cemitério nacional imposto aos vivos não-conformáveis.
Concordando com Guilherme Weber, um ator não pode desistir nunca de sua loucura, androgenia e humildade para praticar um bom teatro. O ator começa a produzir o mau teatro, no momento em que deixa entrar na sua lista de pagamentos mensais, um piscineiro para a sua casa.
(texto baseado em entrevista concedida pela Denise Stoklos ao OESP em 27.11.2005)
20 December 2005
Pensamento 10
(texto baseado em Arnaldo Jabor)
18 December 2005
Testemunho 1
J.R. Duran (famoso fotógrafo profissional)
17 December 2005
Pensamento 11
Pura falta de fantasia, pois também a verdade se inventa.
A verdade não está aí à vista de todos, tem que ser descoberta, "inventada" (isto é, encontrada).
Isto exige paixão, entusiasmo, imaginação e certa dose de lirismo na alma, que o prosaísmo, a vida inexpressiva e limitada que nos oprime, vem nos negar em todas as áreas da vida.
Julián Marías
14 December 2005
Pensamento 9
Ele também, de certo modo, se despediu das pretensões de explicar a natureza humana com um sistema moral perfeito, fechado, em que os contrários se conciliam numa harmonia perfeita.
(texto baseado em Daniel Piza)
Piza cuida, em seu livro, de não sacralizar a epilepsia, a gagueira, a origem negra e periférica como modus operandi. Identifica-as apenas como experiências que acentuaram a sensibilidade para capturar contradições da sociedade da época, sem piedade.
(texto baseado em Fabrício Carpinejar)
13 December 2005
Pensamento 8
- lucro é, por definição, pecado
- se os ricos ficaram mais ricos é porque os pobres ficaram mais pobres (aplicável a pessoas e países)
- o papel do Estado é comportar-se como Robin Hood, tirar de quem tem mais para dar para quem tem menos
- como corolário deste anterior decorre que quanto mais Estado melhor
- competir é feio
10 December 2005
Vida 1
na existência antes da morte,
mas deve estar repleta de realizações e
de exploração das possibilidades pessoais e coletivas
que ela mesma nos oferece.
Podemos sempre escolher o que vamos ser,
o que, hoje, vamos fazer das nossas vidas.
(baseado em mensagem de Eduardo Chaves)
10 November 2005
Livro e leitura são instrução
A leitura implica numa renúncia de si próprio, para aderir ao texto...
Incute-se na cabeça das crianças, tantos pensamentos quanto se pode, obrigando-as, todos os dias, a roer certa quantidade de esteiras com pensamentos.
Só as mais sadias repelem esses pensamentos ou deixam que lhes passem pelo espírito como se este fosse uma rede.
A maior parte [das crianças], no entanto, sobrecarrega-se com tantos pensamentos que já não há espaço para que a luz penetre. É o que se chama formar o espírito.
O que resta de tamanha confusão, chamam de instrução.
Tuiávii (Samoano que conheceu a Europa - citado em Gnerre, 1985:41)
02 November 2005
Decálogo del Maestro
Si no puedes amar mucho, no enseñes a niños.
Simplifica...
Saber es simplificar sin restar esencia.
Insiste...
Repite como la naturaleza repite las especies, hasta alcanzar la perfección.
Enseña...
Con intención de hermosura, porque la hermosura es madre.
Maestro... Sé fervoroso.
Para encender lámparas has de llevar fuego en el corazón.
Vivifica... Tu clase.
Cada lección ha de ser viva como un ser.
Cultívate...
Para dar, hay que tener mucho.
Acuérdate...
de que tu oficio no es mercancía sino que es servicio divino.
Antes...
de dictar tu lección cotidiana, mira a tu corazón y ve si está puro.
Piensa...
en que Dios te ha puesto a crear el mundo del mañana.
Gabriela Mistral
26 October 2005
Política 1
"A constante do meu trabalho é romper com a separação das disciplinas e a hierarquia dos gêneros a fim de colocar em evidência a partilha do sensível..." [consenso coletivo?]
"Recorrendo ao próprio princípio da emancipação intelectual, tal como desenvolvido no meu livro O mestre ignorante, pode-se começar por qualquer parte, não há iniciação por graus, não há uma via real pedagógica. Escrevi, aparentemente, sobre os assuntos mais diversos..."
Jaques Rancière
25 October 2005
Ciência 1
Na Europa há 2,5 cientístas por mil habitantes, enquanto no Brasil este número é inferior a 1 por mil.
A Suiça investe 4% do PIB em ciência e tecnologia, enquanto a média da Europa é de 3% do PIB, e dois terços destes 3% provém do setor privado. No Brasil investe-se em C&T apenas 1% do PIB.
fonte: SBPC
22 October 2005
Gracias a la vida
Me dio dos luceros, que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del branco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
En las multitudes el hombre que yo amo.
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el oído, que en todo su ancho
Grava noche y día grillos y canarios
Martillos, turbinas, ladridos, chuvascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado.
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él las palabras que pienso y declaro
Padre, amigo, hermano y luz alumbrado
La ruta del alma del que estoy amando.
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve, ciudades y charcos
Playas y desiertos, montaña y llano
Y la casa tuya, tu calle y tu patio.
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón, que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros.
Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi proprio canto.
Gracias a la vida...
Violeta Parra (Chile)
19 October 2005
Educar 3
O erro na verdade não é ter um certo ponto de vista, mas absolutizá-lo e desconhecer que, mesmo do acerto de seu ponto de vista, é possível que a razão ética nem sempre esteja com ele."
Paulo Freire
16 October 2005
Educar 2
Plínio J. Smith - professor de filosofia
15 October 2005
Método 1
Estes preferem publicar textos menores, oferecê-los à discussão, procuram se submeter a um debate público com outros pensadores, lêm 'papers' de outros, revêm suas produções, publicam outros 'papers'.
Num contínuo processo de construção coletiva de conhecimentos, além de contribuir para a formação de um consenso coletivo mais intenso e mais democrático.
(com base em informação do Prof. Dr. Plínio J. Smith)
09 October 2005
Educar 1
Acho que educar-se envolvolve mais do que isto:
1. há informações que devem ser sabidas (ser ensinado ou se auto-informar)
2. há que se experimentar a vida (viver, errar, acertar, observar, refletir)
2. há conhecimentos que devem ser construídos (aprender a conhecer)
3. há habilidades que devem ser adquiridas (aprender a fazer)
(isto exige praticar repetitivamente aquilo em que se quer ser hábil)
4. há que se aprender a conviver (competências social, coletiva, colaborativa, cooperativa)
5. há que se aprender a ser (no sentido de SER humano, mente e corpo sensível)
05 October 2005
Pensamento 7
Walt Disney
30 September 2005
27 September 2005
Pensamento 5
17 September 2005
07 September 2005
Pensamento 4
é a capacidade de manter
duas idéias na mente, ao mesmo tempo,
e ainda ter capacidade de continuar funcionando.
A gente deveria ser capaz de,
mesmo sem esperança sobre o mundo,
ter a determinação necessária
para continuar trabalhando intensamente
para transformá-lo.
Pensamento 2
a idéia não for absurda,
não há esperança para ela."
06 September 2005
05 September 2005
Proust 1
não em achar novas paisagens,
mas em ver com novos olhos."
04 September 2005
Desafio 1
Baixa remuneração, frio intenso,
longos meses na mais completa escuridão,
risco constante, retorno duvidoso.
Honra e reconhecimento em caso de sucesso.
03 September 2005
Ética 1
desaparecida no mundo inteiro.
Não tem importância,
teremos que inventá-la de novo."
02 September 2005
Mural numa classe
Os celulares deverão permanecer desligados durante o período de aulas.
[os alunos rabiscaram o aviso, alterando-o]
Professores,
Os alunos deverão permanecer desligados durante o período de aulas.
Semiótica 1
a um regime de pão e água,
se não quisermos que
ela se corrompa e nos corrompa.
01 September 2005
Aprender 1
Trata-se de uma escolha cruel e definitiva. Nunca, como nos tempos de agora, houve necessidade de mais e mais saber competente, graças à ignorância a que nos induzem os objetos que nos cercam, e as ações de que não podemos escapar.
30 August 2005
Nitzsche 1
Ninguém pode construir, em teu lugar, as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida, ninguém, exceto tu, só tu.
26 August 2005
Alçada
20 August 2005
Aforismo sem juízo 2
evitando que a mente se agarre aos mitos do passado,
lá onde a morte não existia.
Daniel Piza
18 August 2005
A elegância do comportamento
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora do dia, até a hora de dormir, e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detetá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe das fofocas, das maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detetá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores, porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detetá-las em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que antes pergunte quem é, e só depois manda dizer se está ou não está.
É elegante não ser espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao dos outros. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade, como elegante é o silêncio, diante de uma rejeição. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto amoroso.
Atitudes gentis são elegantes, falam mais do que mil imagens. Abrir a porta para alguém é muito elegante, oferecer o lugar para alguém se sentar é muito elegante.
Sorrir, sempre é elegante e faz um bem danado para a alma. Oferecer ajuda é muito elegante. Olhar nos olhos, ao conversar, é essencialmente elegante.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a viver nele sem ser arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
Educação enferruja por falta de uso. Há que se praticar continuamente este “músculo”.
(baseado no texto “Educação enferruja por falta de uso” de Henri Toulosse Lautrec)
15 August 2005
Pensamento 1
13 August 2005
Morin 1
Palavras de Edgar Morin ao se encantar, quando jovem, com os primeiros movimentos da Nona Sinfonia de Beethoven, demonstrando toda a sua sensibilidade. Trata-se de um pensador voraz, "onívoro cultural", cujo apetite se volta para todas as formas de conhecimento, inclusive aquelas que não demandam refinamento intelectual, mas apenas curiosidade.
09 August 2005
Yeats 1
Caminhe devagar, pois você está pisando neles”
07 August 2005
Aforismo sem juízo
26 July 2005
Uma nova 'esquerda'
- O PT começou com Lula, como um partido original e prático, e terminou caindo pelas doenças já catalogadas da 'esquerda' de 1917
- Intelectuais que não têm saco para análises de campo, ou de pesquisas nos botequins da vida real, fazem o País caber em suas teses "a priori".
- Uma nova 'esquerda' tem de incluir "indução" em vez de "dedução", síntese, etc. Tem de incluir o inconsciente, a psicanálise na avaliação da política, tem de levar em conta o acaso, o acidente, os vícios humanos e abandonar o discurso quixotesco e auto-idealizante. O discurso épico tem de ser substituído por um discurso realista, até pessimista.
- Não tem cabimento ler Marx, em alemão, durante 40 anos e aplicá-lo como um emplastro salvador sobre nossa realidade.
- Entender que o inimigo principal não é o capitalismo e sim o patrimonialismo.
[trechos do texto de Arnaldo Jabor - OESP(D10) - 26.07.2005]
18 July 2005
Alerta do Daniel Piza
faz o seguinte alerta:
"Pronto, agora é só escolher [um destes livros]. Mas
cuidado quando sair para a rua.
O mundo vai parecer outro, mas é o mesmo - repleto
de bitolas, chatices, ignorâncias, violências, corrupções
e paradoxos. Só que com muito menos beleza."
OESP(D3) - 17.07.2005
17 July 2005
Regra de leitura 40/20/10/5
além disso, variam segundo o tipo de leitura que se faz.
Aqui vão umas velocidades médias para leitores usuais:
40 páginas por hora, leitura de ficção ou para entreter-se
20 páginas por hora, leitura de não-ficção
10 páginas por hora, leitura técnica ou muito conceitual
5 páginas por hora, leitura muito refletida ou para fichamento
16 July 2005
Juventude 1
ignorar compromissos que os esvaziam,
reinterpretar o sentido da mudança,
encontrar o próprio caminho até as raízes das carências sociais,
dos absurdos, das alternativas desprezadas.
Ilude-se quem pensa que as novas gerações se deixam enganar
pelo discurso autoritário e auto-indulgente
muito presentes nas patifarias dos políticos.
[baseado em texto de José de Souza Martins - OESP(J5)]
15 July 2005
Justiça no Brasil
Os fatos são muito mais complexos do que as soluções disponíveis. Os remédios são do século 19 e os crimes do século 21.
Ninguém, com bom advogado, vai preso, sabemos.
[baseado em texto de Arnaldo Jabor - OESP(D8) - 12.07.2005]
14 July 2005
Educar para o capital é educar?
Ou em termos atuais, a criatura humana deve servir ao capital
ou o capital a criatura humana?
Por que não temos um índice periódico (como aqueles da bolsa de
valores, do tipo Dow Jones) que descreva o "grau de humanização"
do país?
Que mediria diariamente a distribuição (ou disponibilização) da
riqueza ou do 'bem estar' (benefícios) para a criatura humana.
Seria um índice de atuação social de todos e dos governos em prol
da solidariedade.
Por que as "colunas sociais" somente falam dos ricos? Por que não
falam das inclusões sociais e daqueles que vencem as dificuldades?
[por exemplo: da Pastoral da Criança e outras ações bonitas...]
(Roberto Bastos Guimarães - Universidade Federal da Bahia)
13 July 2005
Elogiar a leitura
- Viveríamos mergulhados em profunda e contínua escuridão se não tivéssemos a palavra falada e escrita para nos iluminar
- Precisamos cultivar a experiência pensante com a linguagem, o que supõe, além de saber ouvir, ler com atenção, ler nas entrelinhas, ler com toda a nossa inteligência e capacidade de interpretação
- A leitura, do ponto de vista dos pragmatistas, chega a ser uma loucura
- E por que ler em tempos de competitividade, em tempos de falta de tempo?
- A leitura, em particular a leitura de um poema ou romance, para a qual se requer imaginação e tempo livres, e a de textos filosóficos, que exige esforço mental, são consideradas perda de tempo por aqueles que acreditam mais no poder da ação do que na força invisível do sentido
- Contudo, é justamente a leitura, esta “ferramenta” privilegiada (fácil de carregar e “instalável” em qualquer mente humana) que vem para preencher-nos na era do vazio, uma leitura viciante e redentora
- Como escritor e como leitor compulsivo, aposto na formação de líderes da leitura, pessoas “fanatizadas” pelo livro, que durmam com livros, comam livros, vistam-se de livros
- Contaminados pela leiturose, pela leiturite, pela leitura compulsiva e sem moderação, certamente não resolveremos nenhum problema imediato, para a tristeza dos pragmáticos, a leitura costuma preferir problemas profundos, gestados durante muito tempo, e que somente são superáveis no próprio tempo
- A leitura, louca varrida, rouba-nos a falsa alegria do “não quero nem saber”, fazendo-nos perder tudo, exceto a sensatez, a leitura nos devolve, em forma de experiência interior, as horas que lhe dedicamos, quem lê ganha tempo
- A loucura da leitura é sabedoria saborosa
- A mansa loucura da leitura consiste em lermos seja o que for com o condimento da alegria, sem alegria, a vida humana nem sequer merece o nome de vida, sem alegria, leitura alguma merece o nome de leitura
- Talvez haja pessoas que, por falta de bons passatempos, e porque passam os dias perseguindo o vento, nas horas vagas limitam todo o seu entretenimento às correrias das viagens, aos encontros desencontrados das noites vadias, às conversas desconversantes, às aventuras já socialmente decodificadas, à contemplação de uma possivelmente ainda mais vazia programação de TV
- O elogio à leitura é uma defesa da leitura como salvo-conduto que nos permita sair e entrar, e percorrer caminhos de conhecimento, e voar, e correr e parar, e voltar e descer, e subir e contemplar
- A leitura como exercício intelectual, como instrumento de análise do real, saudável loucura
(baseado em texto de Gabriel Perissé – www.perisse.com.br)
12 July 2005
Atitude de leitor
que o leitor a ele se entregue a
uma leitura acolhedora
e amorosa,
sem deixar de ser crítica,
mas curiosante.
Que se deixe levar
por uma leitura prazerosa.
(com base em Paulo Freire e Hugo Assmann)
07 July 2005
Chefia[1]
não é por acaso que o gargalo fica
no topo da garrafa."
06 July 2005
Marketers[1]
features or even benefits.
Instead, they tell a story.
A story we want to believe.
05 July 2005
Livros - Renato Janine Ribeiro
- O gênero de que mais gosto é o ensaio, porque ele injeta ficção na não ficção.
- Outra razão para eu gostar do ensaio é que ele tem que ser "nervoso" e breve, não pode ser chato (enquanto os "tratados" podem).
- Não acho que para ser boa, a literatura tenha que ser ilegível e infeliz, ao contrário.
- Infelizmente, no Brasil, muitas resenhas são de amigos, ou de inimigos. Não temos tradição de resenhas sérias e boas.
- Um vício literário abominável que tem vários nomes: redundância, repetição, prolixidade, desprezo pelo leitor. [easy writing, hard reading - Zinsser]
- Uma virtude literária, que também tem vários nomes: agilidade, respeito pela inteligência do leitor, alusão. [hard writing, easy reading - Zinsser]
(entrevista concedida ao jornal OESP - 05.07.2005)
PT segundo Jabor
- A estupidez no poder dá em fascismo ou, então, nesse "stalinismo de resultados", nesse "gramscianismo da lama".
- O paranóico acha que ninguém tem razão; só ele. O psicopata não sabe que existe o outro. É um mundo sem contra-campo.
- O petista típico acha que delicadeza e complexidade são coisas "de viado".
- ...mas a população já está sabendo a verdade sobre esses trapalhões do absoluto.
- O PT constrói para o "futuro" a utopia, uma ilha que eles inventaram para esconder a incompetência do presente. Eles têm fé no "processo histórico" e fé para eles é continuar errando, contra todas as evidências.
- O PT considera a administração pública um trabalho chatíssimo, alienado, desnecessário para os sonhadores do absoluto. O importante é o sonho... Administrar é coisa de burguês...
- Os petistas consideram que só os ignorantes e analfabetos possuem sabedoria. Quanto mais miserável, mais sabedoria. Quanto mais simplismo, mais objetividade.
- [os petistas] Não viram o óbvio do País, porque o óbvio dá trabalho e não tem charme revolucionário, épico.
Arnaldo Jabor - OESP - 05.07.2005
01 July 2005
Desistir jamais
espalhadas. Para poder continuar seus negócios, empenha sua casa e as jóias da esposa.
Quando, finalmente, apresenta o resultado de seu trabalho a uma grande empresa, recebe a resposta que seu produto não atende o padrão de qualidade exigido.
O homem desiste? Não!
Volta à escola por mais dois anos, sendo vítima da chacota de seus colegas e de alguns professores, que o chamam de "louco".
O homem fica ofendido? Não!
Dois anos depois de haver concluído o curso de Qualidade, a empresa que o recusara finalmente fecha contrato com ele. Seis meses depois, vem a guerra. Sua fábrica é bombardeada duas vezes.
O homem se desespera e desiste? Não!
Reconstrói sua fábrica, mas um terremoto novamente a arrasa. Você pensará, é claro: bom, agora sim, ele desiste! Mais uma vez, não!
Imediatamente após a guerra há uma escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar alimentos para sua família.
Ele entra em pânico e decide não mais continuar com seus propósitos? Não!
Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai ás ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem as chamadas "bicicletas motorizadas".
A demanda por motores aumenta e logo ele não conseguiria atender todos os pedidos! Decide montar uma fábrica para a novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país.
Como a idéia parece excelente, consegue ajuda de 3.500 lojas, as quais lhe adiantam uma pequena quantidade de dinheiro.
Hoje, a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística!
Esta conquista foi possível porque o Sr. Soichiro Honda, o homem de nossa história, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.
Em nossas vidas... Quantos de nós, desistimos por muito menos?
Quantas vezes o fazemos antes de enfrentar minúsculos problemas?
Todas as coisas são possíveis, quando sustentadas por um sonho e valores consistentes.
Tome a decisão de um vencedor... Jamais desista!!!
30 June 2005
Melhorar o padrão do pensamento...
É MELHORAR O PADRÃO DO PENSAMENTO..." (Roberto Shinyashiki)
1. Seja ético. A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança.
2. Estude sempre e muito. A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer.
3. Acredite sempre no amor. Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, está com a pessoa errada ou amando de uma forma ruim. Caso tenha se separado, curta a dor, mas se abra para outro amor.
4. Seja grato(a) a quem participa de suas conquistas. O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Agradecer é a melhor maneira de deixar os outros motivados.
5. Eleve suas expectativas. Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer. Os perdedores dizem: "isso não é para nós". Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo.
6. Curta muito a sua companheira. Casamento dá certo para quem não é dependente.
7. Tenha metas claras. A História da Humanidade é cheia de vidas desperdiçadas: amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam carreiras ao sucesso, etc. Ter objetivos evita desperdícios de tempo, energia e dinheiro.
8. Cuide bem do seu corpo. Alimentação, sono e exercício são fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para os outros gostarem também.
9. Declare o seu amor. Cada vez mais devemos exercer os nossos direitos de buscar o que queremos (sobretudo no amor). Mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais.
10. Amplie os seus relacionamentos profissionais. Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.
11. Seja simples. Retire da sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários.
12. Não imite o modelo masculino do sucesso. Os homens fizeram sucesso à custa de solidão e da
restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: infartos e suicídios. Sem dúvida, temos mais a aprender com as mulheres do que elas conosco. Preserve a sensibilidade feminina - é mais natural e mais criativa.
13. Tenha um orientador. Viver sem é decidir na neblina, sabendo que o resultado só será conhecido, quando pouco resta a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e mais bem sucedido, para lhe orientar nas decisões, caso precise.
14. Jogue fora o vício da preocupação. Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem... Defina suas metas, conquiste-as e deixe as neuras para quem gosta delas.
15. Amor é um jogo cooperativo. Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time.
16. Tenha amigos vencedores. Aproxime-se de pessoas com alegria de viver.
17. Diga adeus a quem não o(a) merece. Alimentar relacionamentos, que só trazem sofrimento é masoquismo, é atrapalhar sua vida. Não gaste vela com mau defunto. Se você estiver com um marido/mulher que não esteja compartilhando, empreste, venda, alugue, doe... e deixe o espaço livre para um novo amor.
18. Resolva! A mulher/homem do milênio vai limpar de sua vida as situações e os problemas desnecessários.
19. Aceite o ritmo do amor. Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração.
20. Celebre as vitórias. Compartilhe o sucesso, mesmo as pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.
21. Perdoe! Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também.
22. Arrisque! O amor não é para covardes. Quem fica a noite em casa, sozinho, só terá que decidir que pizza pedir. E o único risco será o de engordar.
23. Tenha uma vida espiritual. Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Reze antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Reze ao acordar. Oração e meditação são fontes de inspiração.
24. Muita paz, harmonia e amor... sempre!
29 June 2005
Produção na web (USA)
publicaram fotos, escreveram comentários ou contribuíram com material
para uma enorme quantidade disponível de conteúdo online, segundo um
estudo divulgado. (Reuters, de Washington)
28 June 2005
O político e o País...
- ... porque o político é um fingidor, ele e o poeta sabem fingir a dor que deveras sentem...
- ... infantil... aquele que diz “eu quero para mim, quero ser melhor que todo mundo, quero que todos gostem de mim”.
- Esse assassinato das esperanças de quem acreditou em um governo petista está sendo inflado de forma irresponsável...
- [as campanhas eleitorais] têm sido conduzidas com uma ênfase tão grande nas técnicas publicitárias mais apelativas, espetaculares e infantilizadoras que o eleitor já virou público-alvo.
- [e] Indubitavelmente, isso cria muito mais do que esperança – cria fantasia, que é o fundamental da publicidade.
- Assim, Lula, PT, Duda Mendonça são co-responsáveis por isso.
- Talvez a grande decepção seja com a face propriamente republicana e política desse governo... que é da pior tradição política brasileira. As relações pessoais passam à frente das relações institucionais e da própria ética.
- Mas também tem a obrigação de dizer que, se está sob suspeita, não pode ser ministro. Não é pessoal.
- Parece-me que o Lula não tem a dimensão de uma ética pública. Ou a perdeu.
- O Brasil tem como grave problema a despolitização generalizada...
- ... não vale a política dos fins que justificam os meios – porque um dos fins é o amadurecimento da democracia.
- Esse governo não foi criado só para cuidar dos pobres, e espero que o Lula não esteja aí apenas como um “paizão” dos pobres.
- Ele teria sido eleito para aperfeiçoar um caminho democrático que, ao meu ver, poderia levar a futuros governos de esquerda – para que o povo, mais consciente, possa votar a seu favor em políticas que não sejam oportunistas...
- ... por que o ressentimento é covarde e não luta? Porque ele se vê como um puro, como alguém que não suja as mãos nas disputas da vida, como alguém mais sensível que, por isso, na feia briga da vida.
- As relações de poder no Brasil são muito afetivas, como já se disse.
- O resultado são efeitos de atraso – por isso nos colocamos diante das autoridades como crianças que ficam esperando ser reconhecidas por um pai amoroso. É o infantil frente a uma figura de poder maior, de quem se espera reconhecimento e justiça.
- [Sérgio Buarque de Holanda e o estilo de cordialidade da política brasileira]... os critérios de afeto valem mais do que os critérios da lei – aos amigos tudo; aos inimigos, Justiça. Assim, os valores da vida privada superam e invadem os domínios da vida pública... Lula se comporta como o homem cordial. Seus exemplos são sempre da vida familiar...
- Pode até ter muito sucesso com suas metáforas. Mas não politiza a sociedade, ao contrário – reforça a idéia de que o líder político é o pai bondoso que vai cuidar de nós, que nos ama e por isso devemos amá-lo.
- O plano dos afetos, no entanto, é ambivalente. Para amor virar ódio é um estalar de dedos.
Maria Rita Kehl, psicanalista e colaboradora intelectual do PT
[trechos da sua fala ao OESP(J3) – 28.06.2005]
26 June 2005
O sucesso dos e-textos
25 June 2005
Administradores...
Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio. Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim.
Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase. Deu no que deu.
O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas. No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de "paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino". E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.
Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos. E quem era o chefe do Pena? O Raul. E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito. O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação. Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava. Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o ele dava um jeito.
Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa. Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta. Perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta, o Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.
Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul. E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável: ...ele entendia de gente. Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos.
Para me explicar melhor como era o Raul, este vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: "Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo". Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas. Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert, e todo pintor comum, um gênio.
22 June 2005
Perguntas e Respostas
Mudaram-se as perguntas
"O mundo em que vivemos talvez seja um mundo de aparências, a espuma de uma realidade mais profunda que escapa ao tempo e ao espaço, a nossos sentidos e a nosso entendimento." (Edgar Morin - Amor Poesia Sabedoria)
20 June 2005
Leituras da Bárbara
- "Sou viciada em leitura. Para mim, um livro é bom e prazeroso quando a narrativa é acurada e o tema fala ao coração do leitor."
- "Gosto de biografias e de autobiografias, gêneros que adquirem um sabor especial na forma de audiobook. A autobiografia do Bill Clinton, Minha Vida, é bem mais emocionante em CD do que em livro, uma vez que é narrada pelo próprio autor."
- "Não suporto e não compro, nem mesmo para dar de presente, livros para decorar mesas de centro; eles não viajam bem até a cama, a rede ou o banheiro."
- "Recomendo: O Jesus que eu nunca conheci, de Philip Yancey." Editora Vida, 2000.
Barbara Gancia - jornalista
11 June 2005
Sociedade da Informação
Esta generalização da utilização da informação e dos dados é acompanhada por inovações organizacionais, comerciais, sociais e jurídicas, que alteram profundamente o modo de vida, tanto no mundo do trabalho quanto na sociedade em geral.
É de se esperar que haverão modelos diferentes de sociedade de informação, tal como existem modelos diferentes de sociedades industrializadas, inclusive com graus diferentes de inclusão social.
(baseado em "Redes Digitais e Metamorfose do Aprender" - Vozes - 2005)
05 June 2005
Hipertexto
Trata-se de um conjunto de nós interligados por conexões que permitem, a entrada ou a continuação da leitura, por qualquer dos verbetes destacados, gerando tramações multidirecionais a cada leitor ou a cada leitura.
Estas conexões (elos ou links) levam a hipertextos dentro de hipertextos, levando a possibilidades de deleites e cognições quase ilimitados.
(baseado em "Redes Digitais e Metamorfose do Aprender" - Vozes - 2005)
04 June 2005
Curso de Ética e Filosofia Política
Curso que deve se converter em livro, em que se articula conceitos-chave de pensamento político com a história da filosofia política.
Começa com o Governo dos Príncipes (Santo Tomás), expondo a negação da soberania e a importância do “bom governo” na política medieval.
Continua com o Príncipe (Maquiavel), que mostra a ruptura moderna com a Idade Média, em que nega a justitia e institui o governante como criador do mundo político.
Prossegue com o Leviatã (Hobbes), que expõe o conceito de soberania, consuma a destruição do pensamento político medieval e permite passar à questão da encenação em política, que se articula com a representação teatral, entendida como enganosa, partindo das imagens cênicas para pensar o contrato.
Engrena na crítica de Rousseau ao teatro e à política, e daí chega à crítica marxista da ideologia.
Conclui com o tema dos alicerces mentais para a dominação política, que Marx chamou de ideologia, que Hobbes prendia ao clero, e que Reich, no século XX, retomando La Boétie e a servidão voluntária, mostrou terem uma presa mais funda que a mera ilusão, estando ancorados já no desejo, e sendo este marcado, como em brasa, pelo poder.
Renato Janine Ribeiro
12 May 2005
Sê inteiro...
Para ser grande, sê inteiro:
nada teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa.
Põe quanto és no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.
Fernando Pessoa
03 May 2005
Livro - filosofia
Jorge Wagensberg. Metatemas. Barcelona, 2002.
10 February 2005
Wisdom
Success is going from failure to failure with no loss of enthusiasm.
Early to bed. Early to rise. Work like hell and advertise.
There are no short cuts to any place worth going.
What the mind can conceive, mind can achieve.
If everything seems under control you are not doing enough.
We do not see things as they are. We see them as we are.
Going to Church does not make you a Christian anymore than going to a garage makes you a mechanic.
In our vision of how we hope it will be, we leave no room for failure.
Why should we strive for excellence when mediocrity is required?
Your vision of where or who you want to be is the greatest asset you have.
Instantes
En la próxima trataría de cometer más errores.
No intentaría ser tan perfecto, me relajaría más.
Sería más tonto de lo que he sido, de hecho
tomaría muy pocas cosas con seriedad.
Sería menos higiénico.
Correría más riesgos, haría más viajes, contemplaría
más atardeceres, subiría más montañas, nadaría más ríos.
Iría a más lugares adonde nunca he ido, comería
más helados y menos habas, tendría más problemas
reales y menos imaginarios.
Yo fui una de esas personas que vivió sensata y prolíficamente
cada minuto de su vida; claro que tuve momentos de alegría.
Pero si pudiera volver atrás trataría de tener
solamente buenos momentos.
Por si no lo saben, de eso está hecha la vida, sólo de momentos;
no te pierdas el ahora.
Yo era uno de esos que nunca iban a ninguna parte sin termómetro,
una bolsa de agua caliente, un paraguas y un paracaídas;
Si pudiera volver a vivir, viajaría más liviano.
Si pudiera volver a vivir comenzaría a andar descalzo a principios
de la primavera y seguiría así hasta concluir el otoño.
Daría más vueltas en calesita, contemplaría más amaneceres
y jugaría con más niños, si tuviera otra vez la vida por delante.
Pero ya tengo 85 años y sé que me estoy muriendo.
texto na Internet atribuído a Jorge Luís Borges