09 September 2007

Ferreira Gullar

OESP - Que virtudes mais preza na boa arte?

Gullar - A capacidade de reinventar a vida. É isso que eu acho extraordinário. Algo que me tira o chão, que me deslumbra, ou pela alta qualidade, ou pela imaginação, pela emoção. É como disse Rilke em seu soneto célebre: algo que me faça mudar de vida...

em outro momento...

Gullar - Tem livros que são muito negativos. Um autor que realmente me faz mal é o Beckett. Não posso gostar de uma coisa que me faz mal. Reconheço a inteligência e a lucidez dele, mas é uma coisa muito negativa. A minha visão é de que o mundo é inventado. O sentido da vida é inventado por nós. Desfazer o sentido não ajuda em nada...

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